E agora, qual a proposta de emprego que eu devo escolher?

22 de maio de 2014
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Como diz o velho ditado: “Depois de toda tempestade vem a bonança”.

Após o gosto amargo da demissão, a recompensa dos anos de profissionalismo  vem com o reconhecimento em forma de oportunidade de emprego. Quanto mais as boas relações foram cultivadas, maiores serão as de ofertas de emprego.

Quando aparecem concomitantemente e se pode analisar, definir-se por aquela que melhor atende às nossas expectativas é perfeito. Mas, como poucas coisas na vida acontecem como desejamos, elas normalmente se dão com uma diferença de poucos meses, gerando o seguinte dilema: o que fazer? A única certeza que se tem é que desempregado não se pode ficar.

Apareceu a primeira oferta concreta e as demais ainda estão em processo de seleção, mesmo que avançado? Neste caso, o mais prudente é aceitar e garantir o retorno ao mercado de trabalho e, principalmente, eliminar a neurose de acordar todos os dias e ficar esperando o telefone tocar.

Alguns costumam comparar emprego a namoro: quando não se tem, ninguém se interessa. Quando aparece um, todo mundo quer você!

Assim que se tira o peso das costas, os dias, que pareciam longos e intermináveis, tornam-se curtos e agradáveis, e os processos de seleção, que pareciam levar séculos, andam com uma velocidade inacreditável e várias propostas começam a aparecer.

Aparece uma, depois outra. A sensação de alegria é maravilhosa, mas a de dúvida sobre o que fazer é maior: ficar onde se está, ir para outra empresa? E agora?

O mais importante foi conseguido, que é a recolocação. É comum aceitar, sem muito critério, a  primeira oportunidade que aparece. Não se analisa a condição da empresa nem as perspectivas de crescimento. O foco é apenas satisfazer a necessidade de estar empregado.

O momento agora é outro: analisar as propostas que começam a aparecer, comparar as oportunidades atuais e futuras, as condições das empresas, a sustentação política e de estrutura oferecidas e o pacote de remuneração.

Cuidado para não negligenciar a sua carreira, acreditando que agora, estando empregado, seja antiético trocar de empresa em tão pouco tempo.

Da mesma maneira que as corporações tomam decisões de cortar profissionais com pouco tempo de contratação pelos mais diversos motivos, sempre visando o melhor para elas, é absolutamente aceitável que um profissional decida mudar de empresa buscando o que for melhor para sua carreira.

A falta de ética não está ligada à mudança, mas sim à forma que se conduz. Da mesma maneira que as empresas ficam marcadas por tratarem os profissionais de maneira leviana quando executam cortes de forma atabalhoada, os profissionais ficam marcados quando pulam de galho em galho sem justificativa.

Converse com seu chefe, explique o momento que passou, as buscas por recolocação que fez e apresente, de maneira clara, objetiva e sempre sincera, os motivos pelos quais está decidindo mudar de empresa.

Sinceridade e honestidade, apesar de serem dois predicados em extinção nas corporações, ainda são as melhores maneiras de manter as portas abertas para oportunidades futuras e garantir que o network pessoal possa sempre ser usado.

 

Alberto Marcelo Parada. Professor de MBA na FIAP. Palestrante e articulista, formado em administração de empresas e análise de sistemas, com especializações em gestão de projetos e outsourcing. Experiência de 20 anos ministrando treinamentos na capacitação de executivos, média gerência e níveis operacionais; executivo com mais de 25 anos de experiência em implantação de soluções de TI para grandes empresas.

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