Pequenas e médias empresas envolvidas em tragédia no Rio… vão parar!

31 de janeiro de 2012
Compartilhe

Na noite de 25 de janeiro aconteceu mais uma tragédia causada por erro humano: três prédios no centro da Cidade do Rio de Janeiro desabaram. Pelas primeiras notícias, aparentemente, o prédio maior de 20 andares teve problemas, caiu e levou junto os outros dois prédios de 10 e três andares.

Em relação aos prédios vizinhos, o prefeito da cidade, ao ser indagado sobre o que aconteceria, foi direto: “Serão interditados!”. E ele está correto.

A Cidade e o País sentirão a morte de seus irmãos. Em relação às empresas que estavam nestes três prédios e nos prédios vizinhos, elas terão suas atividades interrompidas. Para a imprensa e público em geral, a parada dessas organizações trará pouco impacto. São pequenas e médias empresas. Mas, para os seus donos, são as empresas mais importantes de suas vidas. Por exemplo, fala-se de um escritório de contabilidade, que era de uma família. Uma empresa familiar.

Neste momento é hora de tentar salvar pessoas. Mas, o tempo vai passar, a imprensa vai esquecer a dor das pessoas e as organizações talvez desapareçam, ou tenham grande impacto no seu negócio.

A continuidade de negócio é válida para toda organização, independente do seu tipo de negócio e do seu tamanho. Evidentemente, as ações e projetos a serem realizados devem estar de acordo com o seu porte e o segmento em que atua. Mas, todas as organizações precisam pensar em planos de continuidade.

Nesse caso trágico no Rio, aparentemente dois prédios estavam bem, mas um prédio vizinho estava com problemas. Ao iniciarmos um projeto de continuidade de negócio, devemos realizar uma análise de riscos que inclui questões lógicas, de pessoas e questões de ambiente físico, envolvendo o ambiente da vizinhança.

Estamos falando de empresas médias e pequenas, e neste momento, uma grande organização pode sofrer impactos com o desastre por estar na região do evento. Era um local de escritórios e comércio.

Entendo que este não é o momento de buscar culpados, mas sim de salvar vidas, porém, logo e rapidamente, é preciso identificar as causas para que o mal possa ser cortado pela raiz. Os culpados (dolosos ou culposos) devem ser punidos, mas a perda de vidas e de sonhos já aconteceu. É necessário agir profissionalmente.

Sua organização tem um plano para continuidade operacional?

Edison Fontes. CISM, CISA. Consultor. Professor de Segurança da Informação dos cursos de pós-graduação da FIAP. Colunista do Information Week. Autor dos livros: Praticando a Segurança da Informação (Editora Brasport); Segurança da Informação: o usuário faz a diferença! (Editora Saraiva); e Vivendo a Segurança da Informação (Editora Sicurezza). Atua na área de Segurança da Informação desde 1989.

Nosso site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.

Prosseguir