radar tech fiap

radar tech fiap

Botão fechar

Fechar

Logo Radar TechLogo FIAP

RECEBA A NOSSA

NEWSLETTER

Para saber o que está vindo por aí é preciso
estar bem informado(a).

Ícone de e-mail

INSCREVA-SE NA NEWSLETTER

Ícone do LinkedInÍcone do InstagramÍcone do YouTubeÍcone do TikTokÍcone do Facebook
Negócios

Data-driven management: quais são as métricas que realmente importam?

Publicado

05 de novembro

data driven management
Ícone de compartilhar

Compartilhe

Ícone do linkedin
Ícone do facebook
Ícone do whatsapp
Ícone do X

Copiar link

Resumo

Você já parou para pensar se a sua empresa está medindo o que é fácil ou o que realmente importa? Em tempos de avalanche de dados, é preciso entender o que é uma métrica de vaidade e o que vai realmente direcionar o negócio.

Em um mundo onde cada clique, visualização e interação pode ser medido, a promessa de uma gestão orientada por dados nunca foi tão real. Dashboards coloridos, relatórios em tempo real e uma avalanche de gráficos nos dão a sensação de controle absoluto. Mas no meio desse oceano de informações, é fácil se afogar em números que dizem muito, mas significam pouco.  

A verdade é que ter dados não é o mesmo que ter inteligência. A verdadeira transformação digital não está em acumular métricas, mas em filtrar o ruído e focar nos sinais que realmente impulsionam o crescimento sustentável. 

É como o poder de superaudição do Superman: ele é capaz de ouvir cada sussurro no planeta, mas se não aprender a bloquear o barulho e selecionar o que importa, essa habilidade se torna um caos ensurdecedor. Do mesmo modo, nas organizações, o desafio não é coletar todos os dados possíveis, mas desenvolver a capacidade de separar as métricas que só fazem volume daquelas que realmente orientam decisões estratégicas. 

O que é data-driven management e por que ela é essencial para decisões estratégicas? 

Muito além de um jargão corporativo, a gestão orientada por dados, ou data-driven management, é uma filosofia organizacional na qual as decisões estratégicas, táticas e operacionais são consistentemente baseadas em análise e interpretação de dados, e não apenas na intuição ou na experiência.  

Dados superam intuição

Organizações verdadeiramente orientadas por dados integram a análise em todos os níveis do negócio, transformando informações em ações concretas e gerando uma vantagem competitiva clara.  

Isso significa uma transição fundamental: sair de uma postura reativa para uma abordagem proativa e até preditiva. Em vez de tomar decisões com base em suposições ou no sucesso do passado, os gestores utilizam evidências para validar hipóteses, otimizar processos, entender profundamente o comportamento do cliente e antecipar tendências de mercado.  

É uma mudança cultural, na qual os dados deixam de ser um recurso exclusivo do “pessoal de TI” e se tornam um ativo democrático, acessível e fundamental para todos. 

Como identificar métricas relevantes e evitar as métricas de vaidade 

Nem toda métrica que brilha é ouro. No caminho para se tornar data-driven, o primeiro obstáculo é diferenciar indicadores realmente úteis das métricas de vaidade – e talvez esse seja o mais difícil de eliminar. 

Métricas de vaidade são aquelas que impressionam superficialmente, mas não têm correlação direta com os objetivos do negócio. Elas são fáceis de medir, crescem rapidamente e fazem qualquer relatório parecer positivo, mas não oferecem insights realmente importantes para a tomada de decisão.  

Pense no número de seguidores em uma rede social, downloads de um aplicativo ou visualizações de página em um site. Esses números podem inflar o ego e até crescer rápida e artificialmente, mas, isoladamente, não garantem faturamento, retenção ou satisfação do cliente. Por exemplo, ter 1 milhão de visualizações de página (métrica de vaidade) é inútil se a taxa de conversão dessa página for quase zero (métrica acionável). 

Métricas úteis, ou acionáveis, por outro lado, estão diretamente ligadas a resultados de negócio. Elas contam uma história, revelam comportamentos e permitem que você tome ações concretas para melhorar a performance.  

O valor dos dados está em sua capacidade de guiar a próxima decisão. Se uma métrica não ajuda a responder “o que devemos fazer agora para melhorar?”, ela provavelmente é uma distração perigosa que pode levar a investimentos equivocados de tempo e dinheiro. 

KPIs que realmente importam para o sucesso do negócio 

Focar no que é estratégico exige disciplina. Existem centenas de KPIs (Key Performance Indicators) e os ideais variam muito conforme o modelo de negócio. No entanto, separamos 6 que são quase universais, essenciais para medir a saúde e a sustentabilidade de praticamente qualquer operação.  

Aqui estão alguns exemplos práticos, com mais profundidade: 

  • Custo de Aquisição de Cliente (CAC): quanto sua empresa investe para conquistar cada novo cliente? Esse KPI é calculado somando todos os custos de marketing e vendas de um período e dividindo pelo número de novos clientes. Um CAC baixo e controlado indica eficiência, enquanto um CAC alto ou em ascensão pode sinalizar problemas na estratégia, saturação do mercado ou baixa performance da estratégia. Subdividir a análise por canal ajuda a otimizar o orçamento de marketing. 
  • Lifetime Value (LTV): qual é o valor (receita) total que um cliente gera para sua empresa ao longo de todo o seu relacionamento com ela? O LTV é uma métrica preditiva crucial para entender a rentabilidade a longo prazo. A regra de ouro é que o LTV deve ser significativamente maior que o CAC para garantir um crescimento sustentável. Uma proporção saudável costuma ser de 3:1. Um LTV alto indica um produto forte e clientes leais. 
  • Taxa de Churn (Churn Rate): qual percentual de clientes sua empresa perde em um determinado período? Esse é um indicador de satisfação e retenção. É importante medir tanto o churn de clientes (número de clientes perdidos) quanto o de receita (receita perdida). Às vezes, um baixo churn de clientes pode mascarar um alto churn de receita, se os clientes que saem são os que pagam mais. Analisar por que os clientes estão saindo é o primeiro passo para reverter o quadro. 
  • Net Promoter Score (NPS): de 0 a 10, “quanto você recomendaria nossa empresa a um amigo?” Essa pergunta simples mede a lealdade do cliente, mas seu valor vai além do score. O NPS classifica os clientes em detratores, neutros e promotores, e a verdadeira riqueza está no feedback qualitativo: por que os detratores estão insatisfeitos e o que os promotores mais valorizam? Usar esses insights para melhorar o produto é o que torna o NPS poderoso. 
  • Taxa de Conversão (Conversion Rate): qual a porcentagem de visitantes ou leads que realizam uma ação desejada? Seja uma compra, um cadastro ou o download de um material, a taxa de conversão mede a eficiência de cada etapa do seu funil de vendas e marketing. Uma baixa conversão pode indicar problemas na oferta, na usabilidade do site ou na comunicação. Otimizar essa taxa é uma das formas mais diretas de aumentar a receita sem necessariamente aumentar o investimento em tráfego. 
  • Crescimento da Receita (Revenue Growth): qual a velocidade com que a receita da sua empresa está crescendo? Geralmente medido mês a mês ou ano a ano, este é um dos indicadores mais diretos da saúde do negócio. Ele reflete a demanda do mercado pelo seu produto ou serviço e a eficácia da sua estratégia de vendas. Analisar o crescimento por linha de produto, região ou segmento de cliente pode revelar oportunidades importantes. 

Como criar uma cultura data-driven 

Ferramentas são importantes, mas a transformação começa e termina nas pessoas. Adotar uma gestão orientada a dados é, acima de tudo, um projeto de cultura organizacional. O MIT Sloan identifica quatro elementos essenciais para essa transformação: 

  1. Liderança pelo exemplo: a mudança deve vir de cima. Os líderes precisam não apenas solicitar dados, mas também demonstrar como os utilizam em suas decisões, transformando reuniões em fóruns de debate baseados em evidências. Começar os encontros estratégicos com a revisão dos KPIs reforça essa mentalidade. 
  1. Democratização e governança do acesso: os dados não podem ficar trancados ou limitados. É fundamental investir em plataformas que tornem as informações acessíveis e compreensíveis para todos. A democratização exige governança. É preciso garantir que todos estejam olhando para a mesma “fonte da verdade”, com métricas padronizadas e dados de qualidade. 
  1. Capacitação e letramento de dados (data literacy): ofereça treinamentos para que os funcionários, independentemente de sua área, saibam como ler, interpretar, questionar e comunicar dados. A habilidade de transformar números em narrativas estratégicas (o famoso data storytelling) é uma das competências mais valiosas do futuro. 
  1. Colaboração: a estrutura organizacional precisa facilitar a colaboração entre as equipes de negócio e as equipes técnicas. Modelos de sucesso integram especialistas em dados e analytics dentro de cada unidade de negócio. A colaboração é fundamental para transformar insights em ações concretas. 

Além desses 4 pilares, é possível adicionar mais um ponto crucial: é necessário criar ambientes seguros para experimentar e errar. Uma cultura data-driven incentiva a experimentação controlada, como testes A/B.  

Isso significa que nem toda hipótese será confirmada, e é por isso que é primordial criar um ambiente onde onde mesmo resultados negativos sejam vistos como aprendizado valioso, não como falha pessoal ou de equipe.

Para aprofundar seu conhecimento sobre como os dados se tornaram o alicerce fundamental da Indústria 4.0,influenciando todos os aspectos do ecossistema corporativo, assist este FIAP Meetup: A Indústria 4.0 e a Gestão Orientada por Dados.

Ferramentas que ajudam a gerenciar dados com eficiência 

A tecnologia é a grande aliada nesse processo, permitindo a coleta, o processamento e a visualização dos dados. Algumas categorias de ferramentas são essenciais para o gerenciamento de projetos e de produtos orientados a dados (data-driven project management e data-driven product management).

  • Plataformas de Business Intelligence (BI): ferramentas como Tableau, Power BI e Qlik Sense são projetadas para conectar diversas fontes de dados, como CRM, planilhas, bancos de dados, e transformá-las em visualizações interativas. Elas criam dashboards que facilitam a análise e a identificação de padrões em tempo real. 
  • Analytics Digital: o Google Analytics é serviço mais popular e usado para entender o comportamento de usuários em sites e aplicativos. Para ir além, ferramentas como Hotjar e Mixpanel oferecem análises mais profundas sobre a jornada do cliente, mapas de calor e funis de conversão, revelando os motivos  por trás dos cliques. 
  • CRM (Customer Relationship Management): sistemas como Salesforce e HubSpot centralizam todas as informações e interações com clientes. Eles são uma fonte riquíssima de dados para entender muitos dos KPIs que citamos ali em cima. 

No fim do dia, a gestão orientada por dados não é sobre ter todas as respostas, mas sobre fazer as perguntas certas e ter a humildade de seguir as evidências, mesmo quando não gostamos delas. A intuição e a experiência humana continuam sendo insubstituíveis para interpretar o contexto, identificar as nuances que os números não mostram. Os dados são o ponto de partida, não o destino final. 

A tecnologia nos deu o poder de medir quase tudo. O desafio, agora, é ter a sabedoria de focar apenas no que realmente importa. Sua gestão está preparada para essa escolha? 

Imagem de Redação FIAP

Autora

Redação FIAP

Ícone do facebookÍcone do instagramÍcone do linkedin
Ícone do facebookÍcone do instagramÍcone do linkedin

Nosso site armazena cookies para coletar informações
e melhorar sua experiência.
ou consulte nossa política.