Nuvem, Nuvem, Nuvem…., mas, de fato?

23 de novembro de 2011
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No Brasil,  já podemos verificar os impactos positivos da adoção do Cloud Computing (Nuvem) essencialmente se observamos as tendências e serviços que já estão sendo ofertados em nosso mercado.

Casos de sucesso de adoção de soluções na Nuvem passam desde a utilização de serviços como e-mail (básico para a Nuvem), onde empresas do setor de Mídia e Telecom já adotaram, passando por sistemas de suporte à gestão da informação, tais como estruturas de CRM alicerçando os processos de força de venda (também, de fato, nada de novidade…) até a própria infraestrutura completamente modular onde empresas do setor de cosméticos estabelecem seus ambientes de testes e homologação, sem a necessidade de investimentos gigantescos na solução (mas, estamos no ambiente de testes!).

Assim, com bons exemplos reais do potencial das soluções em Nuvem, nota-se que há viabilidade para novas soluções e inovação bem com para a modernização e adoção de práticas, anteriormente acessíveis somente para empresas de grande porte, hoje, para qualquer segmento, mercado e faturamento.

Para comprovar a importância da Nuvem para o sucesso da estratégia das empresas, em um estudo realizado pelo ITGI em parceria com a PwC neste ano, dos 250 executivos pesquisados e distribuídos em 22 países, 51% desses já afirmam utilizar-se da Nuvem como sendo mais um “canal” para entregar soluções de TI e, 36% consideram importante, mas possuem dúvidas, ou seja, qual modelo de implementação deve-se utilizar: privada, pública, comunitária e híbrida; em que nível de segurança ? e em qual nível de categoria: SaaS (Softwares como um serviço), PaaS (Plataforma como um serviço) e IaaS (Infraestrutura como um serviço)?

Nesta mesma pesquisa, os CIOs não apontaram que alcançaram reduções de seus custos operacionais neste primeiro momento…..talvez, por estarem ainda engatinhando com a estabilização das soluções e respectivas métricas.

Bom, mesmo com o mercado fértil para a Nuvem e com as distancias cada vez mais curtas para o segmento corporativo, em pesquisa realizada no Brasil em 2011, nota-se que arquitetura flexível é a primeira prioridade dos CIOs, porém devido a fatores como cultura (onde grande parte dos CIOs não conseguem justificar os benefícios da Nuvem), dúvidas na arquitetura de solução e Normas & Políticas (algumas normas locais brasileiras ainda não estão maduras o suficiente e não permitem que a informação seja armazenada externamente), o Cloud Computing passa a ter prioridade baixa para os CIOs brasileiros (fator 4, na escala de 1 a 5, onde (5) é não utilizarei e (1) é estou medindo retorno da solução implementada).

De fato, já estamos no meio do processo de mudança e, mesmo com adoção ainda parcial e segmentada, o maior desafio ainda está no lado dos fornecedores de soluções de TI que deverão de forma ágil e flexível adequar-se a estes novos modelos para manter suas lideranças e posicionamento no mercado. No final do dia, apesar das dúvidas citadas, dos riscos, da segurança, … os clientes terão maior flexibilidade na contratação destes serviços e poderão a qualquer momento escolher o produto / fornecedor que melhor se alinhe à estratégia do seu negócio, transformando-o.

Contribuíram neste post  os consultores PwC: Yang Jie e Tomás Roque.

 

Sérgio Alexandre Simões, Mestre em Tecnologia da Informação, Engenheiro Eletrônico (FEI), pós-graduado em Administração & Finanças pela FIA (UNIFEI). É coordenador e professor na FIAP desde 2004 para as disciplinas de Governança de TI, Gestão de Riscos e de Segurança da Informação. Possui 20 anos de experiência em serviços de auditoria e consultoria, sendo que é sócio da PwC Brasil e atua nas áreas de CIO Advisory, IT Risks, IT Security e IT Sourcing. É certificado CISM e CRISC pelo ISACA e é especialista em TI para a indústria de Consumo e Varejo.

Acesse o blog do professor Sérgio Alexandre, na Information Week 

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