FIAP na China – Diário de Bordo RISE dia 3

A FIAP atravessou o mundo para mostrar as novidades sobre tecnologias produzidas na Ásia. O correspondente da FIAP na China é o diretor de inovação Guilherme Pereira, que está em Hong Kong no maior evento de tecnologia, inovação e empreendedorismo da Ásia – o Rise.Confira os destaques que a FIAP preparou para você sobre do 3° dia do Rise:A disrupção e o futuro das empresasOs líderes de negócio precisam tomar várias decisões que influenciam o sucesso de sua empresa todos os dias. A inovação é essencial para a sobrevivência delas. Allan Zeman (Lan Kwai Fong Group) e Janice Lee (PCCW Media Group) abriram o 3° dia compartilhando suas experiências. Eles contaram como conseguiram não ser disruptados por outros negócios nascentes na região e sobre como pivotar empresas é fundamental para qualquer negócio.”Se você não reinvestir sempre no futuro das empresas será muito difícil estar à frente das startups, que buscam disruptar seu negócio. Precisamos sempre olhar as tendências de negócio e todos os dias nos perguntar se conhecemos de fato nossos clientes, nosso mercado e nosso futuro”, ressalta Janice Lee.Allan Zeman aconselha: “Não confie em consultores para tomar decisões sobre o futuro de sua empresa, precisamos dominar nosso negócio. Olhe para os lados e veja, o que os competidores estão fazendo de bom? Isso pode ajudar a entender se você será disruptado”.O investimento da Ásia em tecnologia Segundo Jager McConnell, do Crunchbase – uma plataforma de inteligência de mercado que monitora investimentos em startups ao redor do mundo -, a Ásia  já ultrapassou o Vale do Silício no desenvolvimento de tecnologias.O continente tem investido muito na formação e educação de profissionais de Engenharia e Tecnologia. O resultado é que há um aumento massivo no nascimento de novas empresas de tecnologia. As startups cujo valor de mercado está acima de US$1 bilhão (os famosos “Unicórnios”) estão aparecendo mais nesta região do globo e o capital para tudo isso vem também dos Estados Unidos, onde os próprios investidores estão enxergando este movimento.A demanda pela força de trabalho está aumentando e, consequentemente, os salários também. O número de trabalhadores disponível está caindo, o que aumenta a competição por mão-de-obra qualificadaNo fim de sua apresentação, Jager McConnell fez uma reflexão sobre a África. McConnell afirma que o continente também é um celeiro de oportunidades. Ele mostrou dados sobre os investimentos chineses na África e convidou para uma reflexão: “Será que nos próximos anos veremos uma mudança mais significativa no continente africano?”.Será a Ásia uma bolha de investimentos tecnológicos? Nos últimos doze meses, o número de startups que receberam aportes de fundos de investimento foi muito elevado na Ásia. Será que uma bolha foi formada? Melissa Guzy (Arbor), Harry Hui (ClearVue) e Jixun Foo (GVV Capital), três grandes investidores, discutiram sobre o tema na RISE.No mundo atual, os sinais de mudanças e os novos padrões de consumo ou atenção das pessoas são mais perceptíveis. O grande desafio é conseguir perceber estes movimentos antes dos outros para poder fazer um bom investimento. Todos concordaram que nos próximos anos a Ásia, e especialmente a China, continuará a ser um ótimo lugar para as startups tecnológicas. “Mas, já estamos experimentando, em alguns mercados, um excesso de competidores. Por exemplo, o bike-sharing, em Shanghai, já tem mais empresas do que cores disponíveis para fazer os logos”, destaca Melissa Guzy.Como fazer um bom pitch?Anna Fang (ZhenFund) e Bradley Horowitz (Google) destacaram boas dicas para realizar um pitch com sucesso. “Vá direto ao ponto, é simples assim. Em 15 segundos você precisa dizer o que você veio fazer nesta sala” ressalta Bradley Horowitz.Anna Fang destaca que é preciso saber descrever bem e rapidamente qual é o mercado e o problema identificado. “Além disso, os empreendedores precisam ter algumas características: empatia, capacidade de levantar fundos, vendas e habilidade de atração”, afirma Anna.”O pitch é uma forma de entender como os empreendedores pensam, mas não é ele que vai fazer o negócio ser fechado. Pessoalmente, eu adoro quando os empreendedores podem apresentar um Demo funcional”, diz Horowitz. Existe uma cultura de que fazer o Canvas é o suficiente para conseguir um investidor, mas o pitch ou os slides não vão fazer um investidor fazer um aporte financeiro na sua startup. A entrega de algo funcionando, ou a capacidade de mostrar que é possível dar tração à sua ideia, é o que ambos os palestrantes consideram essencial.”Em 4 minutos, o que considero ser um tempo ótimo, o empreendedor precisa mostrar que tem estrutura e sabe do que está falando. Nós criamos inclusive templates para deixar mais fácil para um empreendedor apresentar sua ideia. É um processo muito estruturado”, diz Horowitz.Anna Horowitz também afirma que saber alguns caminhos para o desinvestimento é importante, mas que nem sempre o empreendedor tem a melhor estratégia. “Quando falamos de investimento, e não apenas uma aquisição estratégica, é importante também ter uma solução de saída para o investimento – o processo de desinvestimento” conclui Anna.Concurso de Startups da RISEUm concurso de startups ocorreu durante a RISE. 66 pitches foram apresentados e 3 finalistas se apresentaram no palco principal no último dia do evento:PostCo: uma plataforma de auxílio ao e-commerce. Eles criaram uma forma de facilitar a entrega e o retorno de encomendas, fazendo parcerias com cafés e pequenas lojas que podem servir como um entreposto comercial.Booqed: um marketplace P2P para o aluguel de espaços para uso comercial. Eles criaram uma forma de aproximar os donos de espaços comerciais de potenciais usuários.ZapZap Math: uma plataforma mobile que auxilia crianças no aprendizado de matemática. Ela possui uma interface gamificada, acompanha o progresso da criança e dá aos pais e professores indicativos de como a estudante pode aprender melhor.O grande vencedor da competição foi o ZapZap Math.