FIAP na China – Diário de Bordo RISE dia 2

13 de julho de 2017
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19956587_188883864980853_8901532878919358519_oA FIAP atravessou o mundo para mostrar as novidades sobre tecnologias produzidas na Ásia. O correspondente da FIAP na China é o diretor de inovação Guilherme Pereira, que está em Hong Kong no maior evento de tecnologia, inovação e empreendedorismo da Ásia – o Rise.Confira os destaques que a FIAP preparou para você sobre do 2° dia do Rise:A evolução do Machine LearningO primeiro destaque do 2° dia foi a palestra de Xiaochuan Wang, CEO do Sogou – a segunda maior plataforma de busca da China. Ele falou sobre Inteligência Artificial (IA) em Mandarim. Mas este não foi um problema. A plataforma traduzia ao vivo o que Xiaochuan dizia.A evolução da interpretação adaptativa no Machine Learning impressiona. A linguagem humana escrita é muito limitada e a fala não consegue pegar todas as peculiaridades da comunicação. Para resolver isto, a Sogou utiliza uma abordagem híbrida.Eles conseguiram criar uma nova filosofia de como atuar com IA. Foi feita a demonstração de um programa de perguntas e respostas, em que o robô faz a interpretação e a busca na internet pela resposta.A Sogou está lançando também uma versão da aplicação Mapas, que tem o auxílio de um assistente robô com inteligência artificial. Ele ajuda a navegar e encontrar informações sobre o trajeto, destino e melhores caminhos.A China se aproxima do Vale do SilícioEspecialistas e investidores debatem sobre como a China está reduzindo a distância do nível tecnológico do Vale do Silício. “Precisamos de mais disrupção na China, o gap em software é maior do que em hardware e a interação entre universidades e empresas é muito maior no Vale do Silício”, diz Anna Fang, CEO da Zhenfund, um dos maiores fundos de investimentos da Ásia.O governo chinês está muito focado em inovação e incentiva a população. As empresas estão começando a entender que precisam “colocar a mão na massa”, fazer protótipos e testar. As crianças estão aprendendo isso nas escolas.Segundo Anna Fang, as pessoas querem testar novos produtos, novos aplicativos. Isso ajuda muito o ecossistema como um todo. “Será que pelas proibições aqui presentes não estamos criando um ecossistema próprio e fechado? ”. Porém, apesar das barreiras criadas pelas restrições impostas pelo “The Great Firewall”, algumas destas aplicações, como o WeChat, estão superando as fronteiras. Agora, os empreendedores chineses querem ser globais.Como criar Unicórnios Muito se fala hoje sobre startups que atingem US$ 1 bilhão de valor de mercado, e por isso, passam a ser chamadas de “Unicórnios”. Como surgem estas empresas foi o tema debatido por Amr Awadallah (Cloudera), Aimone Meana (Lazada Group) e Michael Bancroft (Bloomberg News).”Identificar as necessidades reais e saber trabalhar com dados”, declarou  Aimone Meana, do Lazada Group. “Se você perguntar ao cliente o que ele precisa, ele terá dificuldade de falar algo que realmente nos ajude. Se você perguntar ao consumidor qual é o problema dele, talvez você consiga entender os desejos que vão te levar a criar uma boa proposta de negócios”.O Departamento de Marketing morreu?Os dias do Departamento de Marketing responsável pela elaboração e veiculação de anúncios já se foram há muito tempo. Pense sobre a quantidade de departamentos de sua empresa que o CMO teria que interagir todos os dias. Provavelmente, a sua área de Marketing não consegue cobrir a empresa toda. Qual o futuro do Marketing? Como ter um Marketing eficiente? Estas foram algumas das questões debatidas por Cindy Wang (Uxin Group) e  Piotr Jakubowski (Go-Jek), mediados por Cheryl Marella (CNN).Go Jek é a maior startup da Indonésia, com valor estimado de US$ 1,4 bilhão, que trabalha como uma grande plataforma de negócios. A Uxin é a maior plataforma de venda de carros usados da China. Ambos falaram sobre como o marketing mudou nos últimos anos.Projetos criativos para chamar atenção são necessários, pois o consumidor está exposto a muitas mensagens ao longo do dia. “Antes, o marketing precisava fazer o cliente em potencial entender as funcionalidades de produtos e serviços. Hoje, o marketing pode ser visto como uma forma de educar o cliente para a disrupção”, afirma Cindy Wang, da Uxin.Piotr Jakubowski afirmou que na Go Jek, o marketing faz parte do produto, faz parte da experiência do usuário. “O Marketing não é simplesmente contar uma história ou estabelecer uma comunicação com o cliente. É muito mais do que isso”. Na Go Jek, o Marketing está sendo usado para falar sobre o que a empresa acredita e quais são as coisas que ela valoriza. “Isso é o que as empresas precisam fazer para ter uma relação autêntica com seus clientes” constatou Jakubowski. Entrando na era dos carros autônomosHá uma corrida para construir e comercializar carros autônomos o mais rápido possível. Mas como implantar esta tecnologia? Todos os veículos terão que ser autônomos? A era dos carros conduzidos por humanos está chegando ao fim?Os maiores concorrentes no setor automobilístico japonês estiveram juntos no palco da RISE para falar sobre a batalha dos veículos autônomos: Kiyoshi Fujiwara (Mazda Motor Corporation), Hiro Saijou (Yamaha Motor Ventures & Laboratory Silicon Valley), Brandon Hill (btrax) e Nick Sugimoto (Honda R&D Innovations, Inc).Eles falaram sobre suas iniciativas de Inteligência Artificial, direção autônoma e mobilidade avançada. Todos estão trabalhando com iniciativas nestas áreas, em geral em dois formatos: investimentos em startups e fornecimento de API e dados para que parceiros possam desenvolver novas aplicações baseadas nos sistemas do carro.Um dos novos projetos da Yamaha é o robô que dirige motos. Para a Honda, em alguns anos, as pessoas vão ter perspectivas diferentes sobre o que esperar de carros. Alguns querem apenas sair de um ponto A para um ponto B, sem necessidade de possuir um carro. Mas, alguns ainda vão querer ter o prazer de dirigir.Para Kiyoshi Fujiwara, da Mazda Motor Corporation, além da locomoção, algumas pessoas querem sentir o movimento e a experiência com a máquina. “Estamos, na verdade, mais preocupados com o envelhecimento da população. Queremos usar a tecnologia para facilitar a locomoção de idosos”.Já a Honda, quer tornar o tempo dentro do carro mais útil e funcional.A magia da realidade aumentadaAmbarish Mira,  fundador da Blippar, mostrou como qualquer tecnologia suficientemente avançada pode se aproximar da magia. Blippar é um aplicativo de realidade aumentada que permite que o usuário jogue, assista a vídeos, ouça músicas, acesse links entre muitas outras coisas. Tudo a partir do contato da câmera com outros objetos. O aplicativo funciona através de informações nas embalagens dos produtos. O usuário precisa apenas abrir o Blippar e apontar o scanner para algum produto. Assim que o aplicativo fizer a identificação, o usuário verá uma mágica acontecer: um vídeo começará a passar, imagens poderão aparecer, sites serão acessados, dentre muitos outros tipos de experiências.O Mercado de GamersO mercado de gamers tem hoje 2,2 bilhões de usuários e cresceu rapidamente nos últimos anos. Min-Liang Tan, CEO e Diretor Criativo da Razer, fechou o segundo dia da RISE. A Razer é hoje uma das maiores empresas focadas em acessórios e sistemas para gamers do mundo. Ele contou um pouco sobre sua trajetória, desde o primeiro Mouse Gamer (2005), passando pelo lançamento dos teclados profissionais (2007) e pelos Headsets (2009).Tan falou sobre um momento de decisão em 2011, quando a Razer deixou de ser uma empresa de periféricos para ser uma empresa de sistemas. “Os consultores de negócios diziam para eu ter muito cuidado, que estávamos entrando em um novo mercado. E eu sabia que precisaria de novas competências para um mercado totalmente novo, que era supercompetitivo com players como Dell e HP”, contou Min-Liang Tan.A Razer está entre as TOP3 dos notebooks para jogos e faturou com esta nova linha de negócios cerca de US$1 Bilhão nos últimos três anos. Os seus mais recentes movimentos foram o de criar uma plataforma de softwares para jogos, que tem 35 milhões de usuários, e entrar no ramo de serviços com o ZGold – que oferece de crédito para gamers conseguirem adquirir novos títulos e lançamentos.”Se você está em um caminho no qual você não vê nenhum desafio ou dificuldade, possivelmente você está no caminho errado. Nos jogos, quando o caminho está certo você vai passar por dificuldades” finalizou Min-Liang Tan.  

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